Inquietaçoes, decolonialidade e desobediência docente formação inicial de professores/as de artes visuais na América Latina
DOI:
https://doi.org/10.54104/papeles.v9n18.490Palabras clave:
América Latina, artes Visuais, decolonialidade, desobediência docente, formação inicial de professoresResumen
Apresento algumas inquietações que me movem na investigação da formação inicial de professores/as de Artes Visuais na América Latina hoje. O centro de minhas inquietações está nos processos e ações formativas que constituem os currículos dos cursos de formação inicial docente em Artes Visuais e que legitimam uma matriz de conhecimentos eurocêntrica. Encontro no pensamento do Grupo Modernidade/Colonialidade (Aníbal Quijano, Enrique Dussel, Fernando Coronil, Walter Mignolo, Santiago Castro-Gómez, Arturo Escobar, Catherine Walsh, Zulma Palermo) a perspectiva decolonial para pensar a realidade sócio-histórico-cultural latino-americana. Trato de questionar a hegemonia e a uni-versalidade europeia que hierarquizam, encobrem e invisibilizam outras culturas, expressões visuais e produtores/as de Arte, impossibilitando formas outras de pensar/ produzir a formação inicial de professores/as que, na perspectiva decolonial, passa pela legitimação dos conhecimentos da Arte e da cultura da América Latina. Relaciono o pensamento decolonial latino-americano à Arte, à cultura, à educação e à formação de professores/as de modo a contrapor as grandes narrativas modernistas, e proponho o que chamo de ‘desobediência docente’ pela decolonialidade dos processos e ações que constituem os currículos dos cursos de formação de Professores/as Artes Visuais na América Latina na perspectiva de produzir ensinos e aprendizagens em Artes Visuais que contribuam para o (re)conhecimento de quem somos como oportunidade de, na coletividade, enfim, deixarmos de ser o que não somos.
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